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Não sou a pessoa mais bem humorada do mundo ao acordar. Não sei cozinhar e já coloquei fogo na minha cozinha. Sim, eu surto de vez em quando e tenho ataques de raiva, mas não se assuste, isso é normal. Tenho pavor de ficar em locais fechados ou com muitas pessoas perto de mim (isso não inclui festas, só inclui elevadores, ônibus cheio, salas de aula...). Ainda assisto Chaves, e ainda rio com isso. Não, eu não sou muito legal. Mudo de humor no decorrer do dia. Odeio formigas, e adoro matá-las afogadas. Tenho pavor de cobras, não aguento vê-las nem mesmo na televisão ou em fotografias. Falo com a minha gata e tenho certeza absoluta de que ela me entende. Converso também com o meu peixe, e às vezes penso que ele é um cachorro. Odeio salas de aula barulhentas. Falo mal de meus "colegas" de turma em sua ausência (especialmente da turma do jardim de infância que faz comentários idiotas durante as aulas e dos puxa-saco de professores). Detesto quando as pessoas falam comigo sem olhar pra mim. Observo as pessoas e suas atitudes na rua. Geralmente, escuto a conversa das pessoas sentadas perto de mim no ônibus. Xingo mentalmente as pessoas que jogam lixo fora da lixeira. Erros de português me deixam inconformada. Se alguém me gritar, choro. Se eu ficar sozinha por muito tempo, choro. Se eu não conseguir fazer o que quero, choro. Se eu não tiver o que preciso, choro. Passo bilhetinhos durante a aula, e geralmente estou falando mal das pessoas da turma ou até mesmo dos professores. Não sou uma pessoa organizada. Meu quarto é rosa e é um lugar inabitável por qualquer outro ser humano que não seja eu mesma, pois só eu sei onde cada coisa está jogada. Nunca tive habilidade para os esportes. Sou confusa, desastrada e dramática. Tropeço ao menos duas vezes quase todos os dias. Às vezes, esqueço a hora de comer. Tenho preguiça de acordar cedo. Nunca decoro caminhos. Sonho todos os dias com o meu casamento, com minha casa e com meus futuros filhos. Detesto ser contrariada. Sou indecisa, inconstante, emotiva e teimosa. Refugio-me escrevendo e, aliás, preciso voltar a fazer isto com urgência.
Sempre tive a necessidade de mudar. Não por vontade ou por vaidade, apenas pelo fato de QUERER mudar, embora tantas vezes as mudanças sejam feitas por impulso, pelo querer da hora, sem necessidade de um plano ou de pensamento e avaliação das consequências que cada mudança traz consigo. Às vezes as mudanças só refletem minha constante contradição. Mudo de roupa, de cabelo, de sapato. Mudo de comportamento, de temperamento, de vontade. Me visto de menina, mas quero ser mulher. Me visto de mulher, mas quero ser menina. Quero colo, quero abrigo, quero o mundo, quero tudo. Quero um grito, mas me calo. Prefiro o silêncio de minhas palavras gritantes. A cada mudança aprendo mais de mim, sobre o que sou e sobre o que quero (ser). Não me culpo por (querer) mudar, afinal triste não é mudar de ideia, triste mesmo deve ser não ter ideia alguma pra mudar.
É inacreditável, mas ainda acontece... Ainda acontece de gente das "partes baixas" do nosso país pensar que no Nordeste só existe seca, que as mulheres vivem carregando uma lata d'água na cabeça para, na casa de taipa, preparar a comida para os 15 filhos, enquanto o marido vai para a roça colher o pouco da safra que a seca permitiu florir.
Ainda acontece de gente lá de baixo pensar que no Nordeste só existem analfabetos, e que os únicos trabalhos que eles conseguem desenvolver terminam em "eiro" (pedreiro, porteiro, faxineiro...). É... Gente ignorante age dessa forma mesmo. Essa mesma gente chega a pedir para matar um nordestino afogado (caso da estudante de direito, Mayara Petruso, revoltada pela vitória da então candidata à presidência da repúlblica, Dilma Rousseff). Gente burra, estúpida, sem informação nem conhecimento algum sobre o que é o Nordeste ou o SER Nordestino.
Retirem o Nordeste no mapa brasileiro. Acho que assim tudo funcionará melhor para o resto do país. Retirem a cultura nordestina de sua história. Retirem da música brasileira os nomes de Zé e Elba Ramalho, de Lenine, Geraldo Azevedo, e do grande Luis Gonzaga. Retirem também Flávio José, Marina Elali, Chico César e Alceu Valença. Domiguinhos, então... Pra que o querem? E toda a beleza e alegria de Ivete Sangalo? Ah, me poupem! Um Brasil limpinho é um Brasil sem nordestinos, então o país não precisa de nada disso.
O sul e suldeste brasileiros não precisam do legado da poesia de José de Alencar ou de Rachel de Queiroz. Jorge Amado, então... Quem precisa conhecer sua belíssima poesia? Afinal, Todos os citados nomes são de nordestinos e "Nordestino não é gente", não é mesmo? Nordestino é analfabeto, burro e não sabe fazer boas escolhas. Migra pras "partes baixas" do país porque tem que sustentar os 15 filhos e a mulher (aquela que carrega a lata d'água na cabela embaixo do sol forte).
No Nordeste não tem escolas. Universidade? O que é isso? Ah, não... Isso é privilégio do povo das "partes baixas"... Esses sim aprendem! Passam anos estudando para concluir que "nordestino não é gente", vejam quanta inteligência!
O engraçado é que sou mulher, sou nordestina e... PASMEM! Sei ler e escrever! Aos mais ignorantes, digo logo, se sentem, pois vocês vão cair pra trás ao ler a próxima informação: sou estudante universitária numa cidade do interior da Paraíba! Incrível, não?
Eu não preciso carregar uma lata d'água na cabeça para preparar minha comida, porque tem água encanada aqui em casa, juro! E o meu pai não precisa colher o milho na roça para sustentar a mim e a minha única irmã, pois aqui existem supermercardos e feiras onde podemos comprar alimentos, assim como vocês das "partes baixas" do país.
Acreditem: não preciso pegar um pau-de-arara para ir à universidade. Aqui existem carros particulares e transporte coletivo. Ah, caso vocês queiram fazer uma visita a estas terras sujas e feias, não se assustem ao verem edifícios pelas cidades. É porque, vocês não sabem, mas não moramos em casas de taipa. Aqui existem casas feitas com modernos materiais de construção (como tijolo e cimento) e também apartamentos em prédios espalhados pela cidade.
Numa coisa vocês estão mais do que certos: o Nordeste forma muitos "eiros", mas não os que vocês pensam. Eu mesma serei uma "eira", mas não de faxineira, porteira ou pedreira, e sim de ENGENHEIRA. Sou estudante de Engenharia Civil, da Universidade Federal de Campina Grande, universidade esta que forma todos os semestres, além das demais graduações, ENGENHEIROS mecânicos, ENGENHEIROS civis, ENGENHEIROS agrícolas, ENGENHEIROS de produção, ENGENHEIROS de alimentos, ENGENHEIROS eletricistas, ENGENHEIROS químicos, ENGENHEIROS de materiais.
Realmente, é muito EIRO no Nordeste!

"EU QUERO É CANTAR O NORDESTE
QUE É GRANDE E QUE CRESCE
E VOCÊ NÃO CONHECE, DOUTOR
DE UM POVO GUERREIRO, FESTIVO E ORDEIRO
DE UM POVO TÃO TRABALHADOR
POR ISSO NÃO PISE, VIAJE E PESQUISE
CONHEÇA DE PERTO ESSE CHÃO
SÓ PRA VER QUE O NORDESTE
AGORA É QUEM VESTE
É QUEM VESTE DE ORGULHO A NAÇÃO!"


(Orgulho de ser Nordestino - Flávio José)

Sinto muito, povo das partes baixas, sinto por termos tantas coisas maravilhosas a oferecer a vocês.
Enfim, a boa notícia! Depois de toda a luta, de todo o desespero, de cada lágrima que derramei, de cada passo que dei naquele curso que só me fez triste, hoje tenho a glória de dizer que estou de volta à ENGENHARIA CIVIL!
Estou alforriada da engenharia elétrica, livre, de volta ao meu caminho mais lindo. Agora, a confiança tomou conta de mim. Toda aquela tristeza foi embora como num passe de mágica (passe este que demorou um bocado até se concretizar, que me rendeu noites mal dormidas e muita, mas MUITA preocupação).
O que importa é que tudo o que vivi foi útil de alguma forma, afinal, nada acontece por acaso. Hoje levo comigo a certeza do que quero e não me resta dúvidas de que tudo acontece no tempo de Deus.
E se hoje sou uma pessoa mais forte devo isto à minha decisão errada do passado, que acabou me levando a conhecer um outro mundo, um outro curso, uma outra realidade, uma vocação que não era a minha. E agradeço a Deus por isto.
Agradeço por ter pessoas tão abençoadas me cercando e me apoiando, me fazendo erguer a cabeça todas as vezes em que eu fui obrigada a baixá-la. E se hoje tive esta resposta tão maravilhosa de Deus, eu devo graças e mais graças!
Sou a prova de que tudo tem o seu devido tempo, de que não adianta desespero, de que Deus nos dá as ferramentas para sermos felizes, basta sabermos usá-las.

No mais, o meu ADEUS (com caps lock e tudo - haha) a engenharia elétrica e toda a minha garra a ENGENHARIA CIVIL!


Fiz mais do que posso
Vi mais do que agüento
E a areia dos meus olhos é a mesma
Que acolheu minhas pegadas

Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você.

Eu lutei contra tudo
Eu fugi do que era seguro
Descobri que é possível viver só
Mas num mundo sem verdade.

Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você.

Sem medo de te pertencer.
Voltam pra você.

Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você.

Meus pés cansados de lutar
Meus pés cansados de fugir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você.


[ Situacao:  Aprovada]


" E eu tive tudo sem saber quem era eu..."


"É preciso força pra sonhar e perceber
Que a estrada vai além do que se vê

...
Sei, que o vento que entortou a flor
Passou também por nosso lar
E foi você quem desviou
Com golpes de pincel"





"Olha lá, quem acha que perder
É ser menor na vida
Olha lá, quem sempre quer vitória
E perde a glória de chorar
Eu que já não quero mais ser um vencedor
Levo a vida devagar pra não faltar amor... 
Eu que já não sou assim 
Muito de ganhar

Junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz"
"Vencer a luta vã
E ser o campeão
Pois se é no "não" que se descobre de verdade
O que te sobra além das coisas casuais
Me diz se assim está em paz?"




"Toda escolha é feita por quem acorda já deitado
Toda folha elege um alguém que mora logo ao lado
E pinta o estandarte de azul
E põe suas estrelas no azul
Pra que mudar?"
"Não sei mais
Sinto que é como sonhar
Que o esforço pra lembrar
 É a vontade de esquecer...
E isso por que?
Diz mais!

...
O vento vai dizer lento o que virá,
E se chover demais, a gente vai saber,
Claro de um trovão,
Se alguém depois sorrir em paz."