Olha lá, quem vem do lado oposto
Vem sem gosto de viver
Olha lá, que os bravos são
Escravos sãos e salvos de sofrer
Olha lá, quem acha que perder
É ser menor na vida
Olha lá, quem sempre quer vitória
E perde a glória de chorar
Eu que já não quero mais ser um vencedor
Levo a vida devagar pra não faltar amor
Olha você e diz que não
Vive a esconder o coração
Não faz isso, amigo
Já se sabe que você
Só procura abrigo
Mas não deixa ninguém ver
Por que será?
Eu que já não sou assim
Muito de ganhar
Junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz
 
Los Hermanos (uma composição de Marcelo Camelo)
 
Hoje o meu discurso podia ser diferente e eu podia abaixar a cabeça. Mas não pode ser assim... Chorei com glória e pude sentir o calor de algumas mãos ao me segurar. Quem foi que disse que todo dia se pode vencer? Quem não conhece a dor da derrota não sabe o quão bom é o gosto de ganhar. Vamos lá, menininha, de cabeça erguida pra entender que tudo tem seu tempo certo de acontecer.


Não posso fazer dessa nova página mais um rascunho. Não posso mais cometer os mesmos erros (sejam eles ortográficos ou gramaticais). Tenho, a partir de agora, um tempo determinado para escrever um novo e magnífico texto, o qual eu lerei com orgulho num futuro próximo. O enredo dessa história, como se sabe, depende de mim mesma e de tudo à minha volta que me sirva de inspiração. Só posso pesquisar em outros textos que já escrevi coisas que sirvam para embelezar a minha página atual. O mocinho pode ser outro, o vilão pode mudar de cara, coadjuvantes podem virar protagonistas, histórias passadas podem ser reescritas de uma forma melhor, o drama pode virar comédia e os personagens podem mudar de cenário. Só disponho de um lápis e uma grande página em branco. Não me deram a borracha. Há muito a ser escrito em pouco tempo. Tenho que correr para que esse texto seja o melhor dos meus textos (antes de todos os outros que ainda escreverei). Tenho que ir. Vou correndo para escrever na página em branco número 2010.